Os acidentes mais comuns em via consideradas em bom estado de conservação são as colisões traseiras, aponta pesquisa realizada pelo Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O trabalho destaca ainda, as saídas de veículos da pista, resultado da maior velocidade proporcionada pelas boas condições da via.

Em compensação, em estradas com problemas estruturais (esburacadas, de pista simples e etc), colisões frontais são ocorrências mais comuns e também consideradas mais graves. “Em rodovias ruins, muitas vezes, o motorista tem a ilusão de já conhecer a pista e acaba cometendo muitas imprudências, como ultrapassar em locais proibidos”, destaca Paulo Resende, coordenador do núcleo de logística da instituição. No entanto, levantamento realizado com dados coletados junto à Polícia Rodoviária Federal, CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e concessionárias de rodovias – relacionados ao período de 2005 a 2009 -, uma boa estrutura viária diminui a gravidade dos acidentes.

No caso das rodovias do Estado de São Paulo, em 2011 os índices de acidentes e de vítimas fatais diminuíram 5,6% e 5%, respectivamente, conforme dados da Artesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo. Porém os acidentes do tipo “choque”, quando os veículos colidem contra estruturas da via como barreiras ou defensas, continuam sendo preponderantes na malha paulista. No ano passado representaram 30,2% do total de acidentes ocorridos nas estradas estaduais sob concessão. Em segundo lugar foram registradas as colisões traseiras, com índice de 23,5% do total. (DG)