Por João Geraldo

Um ano após ter percorrido a BR-153, entre os Estados de Goiás e Minas Gerais, o presidente da Volvo do Brasil, Roger Alm, voltou para a estrada no início de junho passado. Desta vez, o executivo sueco viajou pela BR-364, trecho entre os municípios mato- rossenses de Rondonópolis e Cuiabá, rota de tráfego pesado pelo grande volume de composições bitrem e rodotrem graneleiro, chegando a 15 mil composições/dia durante o período de pico da safra na região e oito mil em períodos de entressafra.

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Roger Alm deixou sua sala na fábrica da Volvo em Curitiba/PR e foi para a estrada conversar com motoristas de caminhão

Para Roger Alm, mais importante que a distância percorrida é a importância da rota e o contato direto com carreteiros, uma oportunidade para conhecer um pouco mais da rotina dos motoristas, suas expectativas em relação à profissão e também para ouvir suas opiniões sobre os caminhões da marca. A viagem foi realizada a bordo de um Volvo FH 540 equipado com motor Euro 5 e caixa automatizada I-Shift e cabine XL, com 2,89m de altura interna, equipada com aparelhos de TV LCD e DVD, entre outros itens de conforto e segurança do veículo, no qual o executivo também pernoitou estacionado no pátio do posto Locatelli, na margem da BR-364.

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Clique para ampliar a imagem Volvo em que o presidente viajou é um FH 540 equipado com motor Euro 5, caixa automatizada I-Shift e cabine XL, com 2,89m de altura interna

 

O contato com o mundo estradeiro começou na manhã de 01 de junho, quando Roger se reuniu a um grupo de carreteiros na concessionária Auto Sueco, em Rondonópolis. Uns estavam lá para retirar caminhões que haviam passado por manutenção, outros dando entrada nos pesados para reparos e manutenção preventiva. Experientes e conhecedores de caminhões extrapesados, e também acostumados a viajar por longos percursos, a turma do trecho não perdeu a oportunidade de falar com o executivo sobre os caminhões da marca, produzidos em Curitiba/PR.

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Admir Soares, um dos carreteiros parados em posto de serviços da BR-364, comentou sobre a regulamentação da profissão de motorista de caminhão

Paulo Antônio, 48 anos de idade e 26 de estrada e que trabalha com um Volvo FH 520 6X4 e transmissão I-Shift, de uma empresa, estava aguardando o caminhão que na ocasião passava por um check-up no sistema elétrico. Disse gostar muito do desempenho do veículo, com destaque para a eficiência do motor e caixa de câmbio. Porém, fez ressalva em relação à suspensão, a qual prefere com bolsas de ar por ser mais confortável e cansar menos o motorista. “Gostaria que meu caminhão tivesse suspensão a ar”, disse.

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Dirigir caminhão equipado com suspensão pneumática não cansa o motorista, comentou Paulo Antônio, motorista de um Volvo FH 520 6X4

 

Atento ao que diziam os carreteiros, o presidente ouviu o que o motorista julgava ser uma falha da fábrica, e lhe explicou que além da suspensão mecânica existe para o modelo a opção de bolsa de ar, porém, a decisão sobre certos itens é de quem compra o caminhão. No caso, o patrão do carreteiro. Outros motoristas, maioria empregados, e mecânicos fizeram perguntas sobre os caminhões da marca e falaram da expectativa de um dia poderem ter um.

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Presidente da Volvo se preparando para dormir na cabine do FH estacionado em posto na BR 364, em Cuiabá/MT

Horas depois na estrada, a parada para almoço em restaurante de posto de serviço. Antes de retomar a viagem, uma conversa com o empresário do transporte e agricultor Ermírio Martelli. Catarinense radicado há 36 anos no Mato Grosso – e dono de frota de caminhões, muitos dos quais da marca Volvo – o empresário fez breve comentário sobre a falta diesel S- 0 na região. “Tem pouco S-50 em Mato Grosso e haverá volume suficiente nas rodovias do Estado somente a partir de setembro”, disse. Segundo Martelli, essa informação teria partido da própria BR Distribuidora. Sobre a aquisição de caminhões com tecnologia Euro 5,  roduzidos este ano, disse na ocasião não ter comprado ainda devido à falta do combustível.

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O jornalista Pedro Trucão também aproveitou a oportunidade para conversar com motoristas e transmitir programa de rádio da própria rodovia