Estudo do IPEA ( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostrou que, além das perdas humanas com mortos e feridos, os acidentes nas rodovias brasileiras geram anualmente um custo de R$ 24,6 bilhões, sendo a maior parte (16,1 bilhões) nas federais. Para os profi ssionais de saúde, uma ação que pode contribuir muito para reduzir as ocorrências nas estradas são os cuidados que o motorista deve dispensar aos seus olhos, porque um distúrbio na visão pode gerar meio segundo de atraso na percepção do perigo, o que signifi ca 14m a mais de distância para frenagem em um veículo a 90km/h.

Alguns problemas como não enxergar algumas cores e ter difi culdade de ver à noite, sob neblina ou exposto à luz frontal, podem ser fatais. Um motorista daltônico, por exemplo, pode não enxergar o vermelho e pode perder preciosos segundos para observar que o motorista à sua frente pisou no freio ou que o semáforo está fechado.

A diretora do Hospital de Olhos e médica oftalmologista, Márcia Guimarães, especialista em qualidade da visão e com doutorado no assunto, afi rma que os distúrbios de visão são sutis e imperceptíveis, já que a pessoa convive com o problema desde o nascimento ou adquiri lentamente, assim não percebe que tem a visão alterada. Explica que para se ter um diagnóstico efi caz é necessário mais do que um exame oftalmológico de rotina.

O Hospital de Olhos oferece um exame multifuncional que identifi ca se as habilidades visuais da pessoa são compatíveis com as exigências profi ssionais ou suas atividades da vida diária e verifi ca se o motorista está capacitado para lidar com as situações mais imprevisíveis. Os cerca de 15 testes aplicados detectam como as pessoas enxergam, como é o campo visual, a percepção de cores, a capacidade e velocidade de reação a refl exos e leitura dinâmica entre outras situações(DG).