Por João Geraldo

A oferta de produtos que atendam as expectativas de transportadores e comerciantes que operam veículos de carga em centros urbanos ganhou espaço em ação desenvolvida pela Mercedes-Benz dentro do Mercadão Municipal de São Paulo para sua linha de caminhões Accelo. Tânia Silvestri, diretora de vendas e marketing de caminhões da montadora, destaca que os modelos têm todos os atributos desejados pelos profissionais que precisam de caminhões leves para circular no trânsito de São Paulo, sem enfrentar problemas devido às restrições aplicadas aos veículos de carga que circulam na cidade.

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Motor OM 924 LA, de 156cv de potência, incorpora tecnologia BlueTec 5 da Mercedes-Benz, para atender legislação ambiental brasileira

De acordo com levantamento realizado junto a quase 13 mil comerciantes que formam uma rede com 17 mercados na capital paulista, a operação necessita de veículos de carga confortáveis, com boa capacidade de carga, baixo consumo e resistência, entre outros atributos. Além disso, desejam modelos que possam circular sem o impedimento da restrição imposta a caminhões dentro da cidade de São Paulo.

Na ocasião, a executiva disse que a linha leve da Mercedes-Benz está preparada para atender as exigências do público que opera cargas urbanas, pois incorpora todas as características apontadas por eles. “O Accelo reúne todos os atributos apontados pelos comerciantes. É um caminhão de bom tamanho, fácil de dirigir e oferece muito conforto. Além disso é um veículo que ajuda o cliente a ter produtividade”, detalhou. Outros pontos destacados por Tânia Silvestri referem-se à maior capacidade de carga e ao raio de giro da linha Accelo, com 1,7m menor do que qualquer outro produto da categoria. Trata-se de um item de grande importância para veículos leves, cujas manobras em lugares de pouco espaço são constantes na operação urbana.

Accelo 1016 pode receber terceiro eixo e ter sua capacidade de carga elevada para 13 toneladas de PBT e carroçaria de 4,5m de comprimento
Accelo 1016 pode receber terceiro eixo e ter sua capacidade de carga elevada para 13 toneladas de PBT e carroçaria de 4,5m de comprimento

A nova linha Accelo é produzida nas versões 815 e 1016, ambas equipadas com motor OM 924 LA de 156cv de potência a 2.200 rpm, que incorpora a tecnologia BlueTec 5 para atender a legislação Proconve P7 – em vigor a partir de 01 de janeiro de 2012. Preparado para operar na configuração VUC, o Acello 815 oferece duas opções de entreeixos, nas medidas de 3.100 e 3.700mm e tem a responsabilidade de ser o novo “Mercedinho”, que acaba de sair do mercado deixando seu espaço para o sucessor.

Isso significa ter a responsabilidade de manter o carisma e a força de vendas do tradicional 710, que sucedeu o pioneiro dos leves, o 608D, e se manteve no mercado até os dias atuais totalizando, juntos, a venda de mais de 185 mil unidades no Brasil. Já o Accelo 1016 pode receber carroçaria de 4,5m de comprimento, além de um terceiro eixo para ter sua capacidade de carga elevada para 13 mil quilos e, assim como a versão 815, também pode ser utilizado como VUC, isso na opção de entreeixo de 3,1 metros.

Modelo 710, mais conhecido como Mercedinho, fez história no segmento de caminhões no País
Modelo 710, mais conhecido como Mercedinho, fez história no segmento de caminhões no País

A linha Mercedes-Benz Accelo foi lançada em abril de 2003, com as versões 715C (com motor OM 612 LA, de 156cv, com sistema de injeção Common Rail), e o 915C LA, (equipado com motor OM 904 de 252cv de potência). Na ocasião os modelos ocuparam a posição de caminhões leves mais modernos do Brasil, entre os destaques constavam motorização eletrônica e freio a disco. Eram veículos totalmente novos, um novo conceito, com uma cabine mais leve (cerca de 470 quilos, completa) que internamente tinha características que faziam o motorista se sentir dentro de um carro de passeio, inclusive na dirigibilidade.

Os novos produtos tinham chegado ao mercado para atender as faixas de carga de sete a nove toneladas, embora na ocasião a Mercedes-Benz já atendesse o segmento de leves com os modelos 712C, 914C e o 710, este mais conhecido como Mercedinho. Aliás, um ícone no mercado, que no ano anterior tinha sido o caminhão mais vendido do Brasil. Apesar das novidades, todos os três modelos em linha na época continuaram sendo produzidos, sendo o 710 o último a ser retirado de linha.