Por João Geraldo

Cinco meses após o início das vendas do cavalo-mecânico 19.320 com cabine-leito e teto alto, e dos modelos 17.250 e 24.250, a Volkswagen Caminhões e Ônibus está ampliando a família Constellation com o lançamento da cabine estendida para os veículos já comercializados e também para dois novos produtos médios equipados com motor de 180cv de potência. Os modelos atendidos pela linha Constellation com cabine estendida desde o início de junho são o 13.180 e 15.180, 17.250 e 24.250 e o Titan Tractor 19.320, todos equipados com motor eletrônico. Os médios para 13 e 15 toneladas que eram oferecidos apenas com a cabine tradicional da Volkswagen, a qual a empresa utiliza desde seu ingresso no segmento de caminhões, há 25 anos, também ganharam versão com a nova cabine Constellation.

Com esta operação, a montadora passou a disponibilizar as versões 13.180 e 15.180 no segmento do Worker e do Constellation, sendo ambas equipadas como motor MWM/Internacional Acteon 4.12 TCE, eletrônicos. No caso do Worker, também é disponível com motor mecânico, do mesmo fabricante. “Imaginamos que a tendência da linha Worker é fi car com motorização mecânica, mas é o mercado quem vai decidir se será assim”, explica Antônio Dadalti, diretor de vendas da VCO.

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Cavalo-mecânico Titan-Tractor 19.320, o modelo mais pesado da marca

O Worker é produzido também na versão de 220cv mecânico e 250cv eletrônico. Os demais modelos, 17.250, 24.250 e 19.320 utilizam propulsores Cummins, sendo o motor Interact 6.0 para os caminhões de 250cv e o ISC de 320cv para o cavalo-mecânico 19.320, todos com turbo e intercooler.

A Cabine estendida da linha Constellation têm 1.801m de comprimento interno e incorpora três bancos, atrás dos quais há espaço para acomodar uma mala de viagem e outros objetos dos ocupantes. O encosto do banco central pode ser escamoteado e transformado em uma mesinha de apoio. Até os modelos de 24 toneladas, a cabine do Constellation tem dois degraus, a partir desta categoria passa a ter três devido ao tamanho do motor.

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Médio 15.180 é uma das novidades da família Constellation

Um dispositivo útil é a capa dura que fecha os degraus para difi cultar o acesso à cabine quando a porta está fechada. Trata-se de uma solução que existe como opcional, mas que será incorporada ao veículo como item de série, por se tratar de uma medida segurança. Outros detalhes são o basculamento hidráulico, portas que se abrem em 90 graus, dobradiças reforçadas e espaço interior dentro dos padrões das cabines atuais.

Apresentada ao público pela primeira vez no fi nal de 2005, durante a Fenatran, a linha Constellation começou a ser comercializada em janeiro deste ano, representada pelo modelo 19.320 sendo o principal destaque da nova geração de caminhões Volkswagen. Sua missão era substituir o bem-sucedido Titan Tractor 18.310, lançado em 2003, e que incrementou o segmento de cavalos-mecânicos com motores na faixa de 300cv de potência para tracionar composições com PBTC acima de 40 toneladas.

No ano de seu lançamento foram vendidas 3.035 unidades; 4.356 em 2004 e 2.959 unidades em 2005. De acordo com o gerente de vendas da VCO, Luiz Roberto Imparato, no mês de abril o novo Titan Tractor assumiu o lugar de seu antecessor em volume de vendas. A diferença de preço entre um modelo 19.320 com cabine leito e estendida (sem cama) é de R$11mil.

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25 anos e uma moderna fábrica de cabines

Para colocar o Constellation no mercado, a Volkswagen teve de montar uma nova ala de cabines dentro da fábrica de Resende. Toda robotizada, a unidade se destaca como uma das mais modernas do Brasil e do mundo e os produtos têm garantia de fábrica de seis anos contra corrosão. Este ano, a Volkswagen completa 25 anos de produção de caminhões, mas a fábrica de Resende/RJ começou a operar em 1997. Na ocasião montava 37 veículos/dia, atualmente são 160. A empresa investiu dois bilhões de reais no negócio de caminhões no País, sendo a metade numa primeira fase entre 1996 e 2001 e outra parte no período de 2001 até 2007. A montadora encerrou o ano passado com 35.860 veículos produzidos, mas conforme adiantou Antonio Dadalti, a expectativa para este ano é de fi car entre 10 e 15% abaixo. “Diante dos números de abril e maio, mudamos nossos prognósticos, porque o ano de 2006 não está tranqüilo para as vendas”, disse. Para o executivo, até março o mercado de caminhões se manteve, mas foi ruim em abril e maio. Do seu ponto de vista, não há muito que esperar de 2006, porque julho é tradicionalmente ruim para o setor. Já gosto agosto é bom, porém não se sabe o que esperar de setembro, outubro e novembro. “Depois, acabou ano”, conclui.