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Por João Geraldo

Classificado como um dos maiores custos da planilha do transportador rodoviário, o pneu tem recebido, através dos anos, constantes inovações por parte dos fabricantes com o objetivo único de chegar a um produto que possa oferecer maior rendimento quilométrico durante sua vida útil. De uma forma direta, resistência da carcaça às variadas situações existente nas diferentes aplicações é o que mais se espera do produto e tornou-se um dos pontos mais trabalhados pelas empresas do setor.

A novidade mais recente neste setor está sendo apresentada pela Michelin com a sua nova geração de pneus para caminhões e ônibus, os quais trazem uma tecnologia desenvolvida no Brasil, chamada pela empresa de X CORE™, e que está sendo apresentada com a vantagem de proporcionar ganhos de até 10% no rendimento quilométrico, comparado aos pneus antecessores, durante sua vida total, a qual inclui o produto novo mais as recapagens.

Para explicar o que existe de diferente nos novos produtos, a gerente de marketing produto da Michelin América do Sul, Fernanda Pimenta, destaca que a empresa realizou um estudo para identificar as principais causas que tornam um pneu inservível e o tiram de circulação prematuramente. De acordo com a gerente de marketing, a tecnologia EX CORE™ desenvolvida por equipe de engenheiros e técnicos (todos brasileiros) sobre a carcaça, teve como base de estudo a análise de 200 mil pneus no período de 14 anos.

Na prática, conforme explica, o pneu da nova geração tem um novo composto de borracha que oferece maior resistência a choques, perfurações e infiltrações, resultando em maior recapabilidade e, por consequência, maior quilometragem em sua vida útil. Outro diferencial do novo pneu é a proteção de nylon em volta do aro para proporcionar maior resistência ao aquecimento excessivo no talão (a parte de contato com a roda).

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Outro ponto citado por Fernanda Pimenta é a distância reduzida entre os cabos no topo do pneu (área de contato com o solo), para dar maior resistência a choque, perfuração e  gressão na banda de rodagem. “Essas tecnologias proporcionaram melhorias na resistência e durabilidade da carcaça, que para nós, da Michelin, é o coração do pneu”, conclui.

O diretor de marketing e vendas de pneus de ônibus e caminhões da Michelin na América do Sul, Feliciano Almeida, complementa dizendo que a tecnologia aplicada ao pneu Ex Core™ vem ao encontro desta demanda e responde às necessidades e expectativas do mercado, ao contribuir para redução do custo operacional do transporte. “Sabemos que o pneu é um dos três maiores custos na planilha do transportador, por isso é fundamental para o ganho de produtividade usar todo o potencial de sua vida útil”, reforça o executivo. Outro ponto destacado por Almeida se refere à nomenclatura usada pela empresa para identificar seus pneus no mercado. De acordo com ele, a partir deste novo produto os pneus da Michelin deixarão de ter nomes com letras e números, mais fáceis de serem identificados.

Pneu para todas as posições

Batizada de Michelin X Multi Z, a nova geração é disponível na medida 295/80 R 22.5 e, segundo executivos da empresa, otimizado para eixos dianteiros, o produto é indicado para todas as posições e variados tipos de veículos de carga ou de passageiros que trafegam por percursos sinuosos com aclives e declives, e também trajetos médios ou longos, com pisos pavimentados e bom ou estado razoável de conservação.

Além dos três pontos já destacados (novo composto de borracha, nova proteção de nylon em volta do aro e redução da distância entre cabos no topo do pneu), o X Multi Z tem a banda de rodagem mais larga e processo de fabricação inovador. Feliciano Almeida comenta que todo o processo, o qual reúne tecnologia de ponta dentro da fábrica no processo de produção, o compromisso da marca de entregar a melhor performance e durabilidade, enfim, tudo aquilo que o cliente espera do produto, está dentro do Michelin Total Performance.

“A inovação não está só no pneu, temos de entregar a melhor solução completa para o cliente”, diz Almeida. Ele cita a segurança, produtividade e meio ambiente como sendo os três pilares do produto, e para isso, justifica, “temos de acompanhar a evolução do transporte e entender as necessidades dos transportadores”, conclui.