Já se passaram 100 anos do ato que reuniu em torno de 90 mil mulheres operárias, em 1917, na Rússia, para protestar contra as péssimas condições de trabalho e a fome que atingia a população. A manifestação ficou conhecida como “Pão e Paz” e por causa dela, em 1921, foi oficializada a data de 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. Porém, somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Declaração Universal dos Direitos Humanos e estabeleceu o princípio de igualdade entre homens e mulheres. E desde 1977 a ONU reconhece o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.

Nesse março de 2017, é importante lembrar de tais acontecimentos e, principalmente, de seus significados. Afinal, a data representa a luta das mulheres por seus direitos na sociedade. Sabemos que muita coisa mudou nesses 100 anos e hoje as mães, irmãs, esposas e filhas podem exercer uma série de direitos básicos que seriam impensáveis em 1917, como o simples direito ao voto ou o acesso ao mercado de trabalho. Mas apesar dos avanços, a presença da mulher em nossa sociedade ainda está num nível inferior ao do homem.

Percebemos facilmente isso nos postos do mercado de trabalho, na questão salarial ou mesmo na discriminação do dia a dia. Isso sem falar na violência, em que as mulheres são as maiores vítimas. Segundo dados do Disque 100 para os anos de 2012 e 2013, as meninas representam 46,1% das vitimas de negligência/abandono; 49,5% das vítimas da violência psicológicas; 48,9% das vitimas de violência física e 71,8% das vitimas de violência sexual.

É por tudo isso que devemos lembrar sempre do Dia Internacional da Mulher, data que, na prática, deve ser comemorada todos os dias e meses do ano. Só assim teremos uma sociedade onde mães, irmãs, filhas e esposas tenham seus direitos reconhecidos e garantidos. Para ajudar que isso aconteça, denuncie qualquer situação de violência contra mulheres, crianças e adolescentes, incluindo exploração sexual. Se estiver numa rodovia federal, ligue 191; se estiver em outra estrada ou cidade, disque 100; ou use o aplicativo Proteja Brasil, com contatos de delegacias especializadas e conselhos tutelares nas principais cidades do país. O aplicativo é gratuito e basta baixar nas lojas Apple Store ou Google Play.

E se você tiver uma história de proteção para contar, grave a mensagem e envie pelo  WhatsApp para (11) 96861-2665 para a campanha “Juntos na Estrada pela Infância”.

Para saber mais, acesse:

Childhood Brasil: www.childhood.org.br

Programa Na Mão Certa: www.namaocerta.org.br