Todo Carnaval, o feriado mais longo do Brasil, milhares de pessoas saem de suas casas e, consequentemente, aumenta o movimento nas rodovias. Este ano, fatores como o bom momento da economia e o tempo bom na maior parte do País motivaram os brasileiros a viajarem. Porém, desencanados e com pressa de chegar logo ao destino, não faltaram motoristas que transferiram toda a descontração para as rodovias e, como consequência, cometeram infrações, comprometeram a segurança e deixaram marcas irreparáveis em pessoas que, de alguma maneira, fizeram parte das estatísticas de acidentes ocorridos durante o período de Carnaval.

Balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal – que realizou esquema especial nos seis dias de feriado nos principais corredores rodoviário das 0h de sexta-feira (12/02) e meia-noite da Quarta-Feira de Cinzas (17/02), computou 3.233 acidentes, 13% a mais do que no ano anterior e 1.912 feridos ( 7%). O número de mortes também cresceu, foram 143, o que representou 13% a mais de óbitos do que 2009 – apenas no sábado foram 37 pessoas.

Apesar da imprudência dos condutores ainda ser um dos principais fatores que contribuem para o aumento de acidentes nas estradas, a PRF relatou enfrentou outros problemas que também estão contribuindo para comprometer a segurança nas rodovias. Um dos maiores desafios da polícia durante as operações tem sido o crescimento da frota e o congelamento do efetivo policial.

No Carnaval de 2009, a PRF foi para a pista com 9.200 policiais diante de uma frota de 54,5 milhões de veículos. Já em 2010 o número de efetivo permaneceu o mesmo, porém, a frota de automóveis, ônibus, caminhões e motocicletas aumentou para 59,3 milhões. Outro problema é o crescimento da malha viária sob sua circunscrição, pois o total de quilômetros fiscalizados aumentou de 62 para 66 mil. (DG)