Por João Geraldo

Dona de uma participação de 4% no mercado global de caminhões no Brasil, com a venda de 2.600 unidades durante 2006, a Iveco trabalha para abocanhar uma fatia maior do mercado. Sua mais recente ação é a criação de um centro de desenvolvimento de veículos no País, cujo foco principal será produzr produtos para atender as necessidades dos clientes. Isso significa que a montadora de origem italiana vai buscar desenvolver soluções técnicas específicas para que os transportadores tenham maior eficiência na atividade.

Sob comando de Renato Mastrobuono, profissional com 40 anos de experiência no setor automotivo, sendo 30 deles na indústria de caminhões, o centro de engenharia vai consumir investimentos de 30 milhões de reais em equipamentos, sistemas, profissionais e treinamento. “Os transportadores atuais trabalham muito focados e precisam de veículos cada vez mais específicos. Nós vamos oferecer a eles produtos que aumentem sua competitividade e efi- ciência em seus ramos de atuação”, explicou Mastrobuono, que terá sob seu comando uma equipe formada por 35 profissionais.

O centro de engenharia vai se beneficiar do acervo de produtos e de tecnologia da Iveco européia para desenvolver veículos de 3,5 a 74 toneladas de PBTC que atendam as necessidades dos transportadores latino-americanos e também considerando condições da malha rodoviária, climáticas, qualidade do combustível e legislação ambiental de transporte, entre outros itens. O centro de desenvolvimento da Iveco terá dois escritórios em Minas Gerais, um relativo à área de marketing de produto, em Nova Lima, na sede da companhia. O outro, com atividades de design, engenharia e construção de protótipos e testes, em Sete Lagoas.

Em 2006, a Iveco comercializou 181.500 veículos em todo o mundo e se destacou como a terceira montadora de caminhões da Europa e a primeira em ônibus. Na América Latina, a marca detém 7% das vendas totais, sendo o Brasil o maior mercado, onde comercializou 2.600 unidades durante o ano passado com 13% de participação no segmento de leves e 8% entre os pesados. A fábrica brasileira foi inaugurada em 2000 e os modelos pesados começaram a ser montados em 2004 e, recentemente, promoveu uma reestruturação que envolveu a mudança da sede de São Paulo para Nova Lima, em Minas Gerais.