Por João Geraldo

Lançada recentemente na Europa, a nova linha de caminhões Volvo da família “H” está chegando ao Brasil e traz com ela novidades como motorização de 13 litros, com maiores potências – denominada D13A – em substituição ao de 12, uma nova caixa de câmbio automatizada e melhorias na cabine no eixo traseiro. “Estes caminhões incorporam a tecnologia mais moderna da Volvo”, reforçou Claes Nilsson, presidente da companhia para a Divisão Internacional, durante a apresentação dos novos veículos, dentro da fábrica da Volvo, em Curitiba/PR. A nova família de caminhões H começa a ser produzida no Brasil com 70% de índice de nacionalização e será fabricada somente por modelos com cabine avançada (cara-chata). Isso se deve à mudança do perfi l do setor do transporte de cargas de uns anos para cá, em que a maioria dos transportadores começou a dar preferência aos veículos que proporcionem ganho na plataforma de carga. Como resultado, a Volvo, assim como outras montadoras fizeram com seus modelos de capô, tirou de linha a versão NH.

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Lançada com a missão de garantir aos transportadores a performance total, com aumento da produtividade em razão das inovações tecnológicas inseridas nos veículos, a linha chega com uma nova família de motores de 13 litros, nas faixas de potência de 400, 440, 480 e 520cv. “O maior volume – cerca de 75% – deverá se concentrar nos modelos de 400 e 440cv. A versão de 520cv é uma tendência para algumas aplicações, como por exemplo o transportador que precisa de velocidade média alta”, disse Fedalto, na ocasião, ao revelar que a Volvo já tinha vendido mais de 50 unidades do modelo mais potente.

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De acordo com Álvaro Menocin, da engenharia de vendas, foi feita uma reengenharia no motor para reduzir o número de componentes internos, novos anéis e pistões e tomada de força na parte traseira e torná-lo mais acessível. Ele explica que apesar de ser um motor de 13 litros, o D13A é 20 quilos mais leve do que o seu antecessor, além de ter o trem de engrenagem transferido para a parte traseira, o que garante uma melhor refrigeração e redução de ruídos e vibrações. “Com a nova motorização temos redução de até 5% de combustível”, completou Menocin.

Outra novidade da nova linha de caminhões Volvo é a transmissão eletrônica I-Shift para composições com PBTC de até 60 toneladas, como bitrens, por exemplo. A caixa automatizada disponibilizada pela montadora até agora – da qual foram vendidas entre 350 e 400 unidades no País – atendia até 45 toneladas. O equipamento atual tem carcaça de alumínio e pesa 70 quilos a menos do que as caixas manuais e traz um novo software com capacidade de processamento cinco vezes superior e três vezes mais de memória, além de outros detalhes. O freio motor VEB (Volvo Engine Brake) também passou por modifi cações e teve sua potência aumentada de 390 para 410cv. Opcionalmente, a Volvo disponibiliza a versão VEB500, com 28% a mais de potência em relação à versão anterior.

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“Há muito tempo estamos dizendo que nós vendemos solução para o transporte e agora entendemos que estamos trazendo o caminhão mais moderno para a América Latina. Com a nova linha temos certeza de que vamos atender ainda melhor nossos clientes”, disse Bernardo Fedalto, gerente de vendas de caminhões da linha H. Em relação ao preço, Fedalto disse que deverá ser em torno de 6% acima dos modelos anteriores e que os transportadores recuperam esta diferença, em mais ou menos tempo dependendo do tipo de operação.

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A nova linha chega também com mudanças externas, com destaque para a inscrição Globetrotter em outra logotipia e os emblemas FH e FM e das potências de 420,440, 480 e 520cv em pontos separados da cabine. Dentro da cabine os bancos foram substituídos e também a cama, com espuma em diferentes densidades, que amacia em alguns pontos e torna rígida em outros. O banco tem novo apoio de cabeça integrado ao encosto e o assento reprojetado, entre outros detalhes, para proporcionar mais conforto ao motorista.

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