Por Elizabete Vasconcelos

O alto investimento em segurança parece não estar sendo suficiente para diminuir o índice de roubos a carga nas estradas brasileiras, pois estimativas indicam que 15% do faturamento das transportadoras sejam gastos com escolta. Mesmo assim, apenas no primeiro trimestre deste ano, de acordo com pesquisa realizada pelo Setcesp (Sindicato dos Transportadores de Cargas do Estado de São Paulo), o prejuízo causado por este tipo de delito no Estado de São Paulo já é de R$ 68 milhões.

De acordo com o levantamento, de janeiro a março deste ano foram registradas 1.786 ocorrências em São Paulo. No período, as cargas de eletroeletrônicos foram as mais impactadas, com 30,79% dos casos, seguidas do setor alimentício (11,91%), carga fracionada (11,12%), metalúrgico (10,01%), entre outros. As rodovias mais perigosas são a Régis Bittencourt e a Anhanguera. Quando o assunto são os valores médios das cargas roubadas, 40% dos assaltos correspondem a cifras inferiores a R$ 3 mil; 40,18% a mercadorias com valores entre R$ 3.001 e R$ 30 mil; 12,84% (entre R$ 30.001 e R$ 100 mil); e 6,98% dos roubos, correspondem a valores superiores a R$ 100 mil.