Por Daniela Giopato

Revitalização do Brasão, concursos de fotografia e redação enfocando o aniversário como tema – os melhores textos serão publicados em um livro, – além da criação de selos para os Correios e mais uma série de outras homenagens nas Câmaras Legislativas e Prefeituras, são algumas das atividades realizadas em todo o País para comemorar os 80 anos de atividade da Polícia Rodoviária Federal.

Em São Paulo, uma missa celebrada na Basílica de Aparecida, na cidade de Aparecida, pelo Arcebispo Dom Raymundo Damasceno, em homenagem aos polícias e seus familiares, fez parte das comemorações da 6ª Superintendência.

Os cerca de 80 policiais rodoviários federais chegaram ao Santuário Nacional em um comboio de aproximadamente dois quilômetros de extensão, formado por cerca de 30 viaturas e 20 motocicletas da PRF, além de um grupo com 230 motociclistas associados do HOG a Harley-Davidson. Um helicóptero da PRF, modelo Colibri, também acompanhou o desfile entre o Shoping Center Norte, na marginal Tietê e o Pátio da Basílica, num percurso de cerca de 200 quilômetros. Após a missa, os policiais visitaram a sacristia e seguiram para um almoço de confraternização.

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Inspetor Lins e Superintendente João Bosco

Para o inspetor João Bosco Ribeiro, Superintendente da Polícia Rodoviária Federal em São Paulo, os 80 anos mostram a evolução da Polícia Rodoviária Federal e todo o trabalho direcionado para reduzir acidentes e salvar vidas. “Hoje contamos com policiais competentes e treinados, armamento e viaturas para proporcionar aos usuários das rodovias e a sociedade em geral uma sensação de segurança. A comemoração em Aparecida tem como objetivo pedirmos a bênção de Nossa Senhora e força a Deus, para podermos dar continuidade ao nosso trabalho”, afirma.

O inspetor chefe do policiamento e fiscalização da 6ª Superintendência de São Paulo, Josias Inácio Lins, acrescenta que salvar e proteger vidas são a principal missão da PRF. “Tanto é verdade que hoje a Polícia Rodoviária Federal, além de fiscalizar, está integrada a outros órgãos na tentativa de combater a criminalidade”, complementa.

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Missa na Basílica de Aparecida encerrou o evento da PRF em São Paulo

No período de 80 anos entre a criação da Policia Rodoviária Federal e os dias atuais, o País mudou muito em relação ao trânsito de veículos, pois na época (em 1928), havia menos de 50 motoristas devidamente habilitados no Brasil, e os veículos registrados não somavam duas mil unidades. Naquele panorama, a missão da “Polícia da Estrada” – denominação da época – estava reduzida a três rodovias regionais.

Onze anos depois (1939), o Sistema Rodoviário incluía apenas as rodovias Rio Petrópolis, Rio – São Paulo, Rio-Bahia e União Indústria. Em 1943 criou-se no Paraná um Núcleo da Polícia das Estradas para exercer o policiamento de trânsito nas rodovias em construção no Estado.

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Com o passar dos anos, a área de atuação da PRF foi ampliada e atualmente é composta por mais de 60 mil quilômetros de rodovias e estradas de Norte a Sul do Brasil. O contingente chega a 10 mil policiais rodoviários federais, responsáveis pelo patrulhamento ostensivo, em regime de escala, da malha de estradas federais.

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Além das 20 motocicletas da PRF, o evento reuniu mais 230 motociclistas do clube da Harley Davidson

A PRF está presente em todo o território nacional estruturada através da unidade administrativa central sediada em Brasília e das unidades administrativas regionais, representadas pelas 22 superintendências nos Estados de Goiânia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Sergipe, Rondônia e Tocantins, além de cinco Distritos que incluem o Distrito Federal, Acre, Amazonas, Amapá, Roraima e mais 156 sub-unidades administrativas, denominadas delegacias, 390 postos de fiscalização, totalizando 550 pontos de atendimento em todo o Brasil.

Algumas das principais atribuições do Departamento de Polícia Rodoviária Federal são realizar o patrulhamento ostensivo, exercer poderes de autoridade de polícia de trânsito, aplicar e arrecadar multas impostas por infrações no trânsito, atendimento de acidentes, perícias, serviços de escolta e fiscalização e controle do trânsito. Atualmente, a PRF já não é mais apenas um órgão de fiscalização, pois se preocupa também com a conscientização do motorista, cujo objetivo é reduzir o número de acidentes nas rodovias.

Esta atividade conta com as Comissões Regionais de Educação de Trânsito (CRET), que em São Paulo realiza palestras em escolas, comandos de saúde nas rodovias com o foco nos motoristas de caminhão e criação de parcerias com empresas para o desenvolvimento de projetos educativos. As ações direcionadas para um trânsito mais seguro credenciaram a instituição à posição de referência nacional para o assunto.

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A Polícia Rodoviária Federal foi criada pelo presidente Washington Luiz no dia 24 de julho de 1928, através do Decreto nº 18.323 – que definia as regras de trânsito da época, com a denominação inicial de “Polícia de Estradas”. Com o advento da Constituição de 1988, a Polícia Rodoviária Federal foi institucionalizada e integrada ao Sistema Nacional de Segurança Pública. Compete ao Departamento de Polícia Rodoviária Federal a programação, organização e o controle das atividades de policiamento, orientação de trânsito e fiscalização do cumprimento da legislação de trânsito nas rodovias federais; preparar, coordenar, orientar e fazer executar planos de policiamento e esquemas de segurança especiais; colaborar com as Forças Armadas, órgãos de Segurança Federais, Estaduais e demais órgãos similares; colaborar nas campanhas educativas de trânsito; programar e supervisionar a execução de comandos de fiscalização; fornecer dados sobre acidentes de trânsito, cabendo-lhes, ainda, assegurar regularidade, segurança e fl uência no trânsito nas rodovias federais, proteger os bens patrimoniais a elas incorporados, bem como fazer respeitar os regulamentos relativos à faixa de domínio. Atualmente o cargo de Diretor Geral é exercido pelo inspetor Helio Cardoso Derenne, sendo que em São Paulo o inspetor João Bosco Ribeiro é o Superintendente da Polícia Rodoviária Federal.