Por João Geraldo

Saltar das atuais 110 lojas BBTS para mais de 300 no Brasil é a meta a ser atingida até 2014 pela Bridgestone Bandag Tire Solutions, empresa nascida a partir da união da Bridgestone e Bandag. Conhecidas como BTSs, tratam-se de centros de serviços aonde o carreteiro ou frotista encontra num mesmo lugar tudo que precisa para o caminhão, como pneus, serviços para freio e suspensão, lubrificação, sistemas elétricos, acessórios, gerenciamento de frotas através de softwares, serviços de recapagem e conveniência.

Ricardo Drygalla, gerente de marketing do BBTS, adianta que existem negociações em andamento para a inauguração de 30 unidades ainda este ano, em várias regiões do País. De acordo com ele, serão 15 no Sudeste, cinco no Nordeste, duas no Norte e cinco no Centro-Oeste e três já inauguradas (em março) no Sul, seguindo sempre o princípio do potencial geográfico.

“O Brasil é um País rodoviário com previsão de receber importantes investimentos públicos e privados nos próximos anos, a produção de caminhões e ônibus está em alta e nosso objetivo é expandirmos nossa atuação em âmbito nacional”, detalhou o executivo. Para triplicar o número de BTSs, a companhia prevê investimento anual de 3 milhões de dólares na rede.

A força do segmento do transporte de carga no Brasil é o elemento mais importante para que a empresa invista em uma rede que ofereça tudo que o transportador precisa para o seu caminhão. Para Drygalla, o conceito “Ciclo de Vida Total”, oferecido pela rede BBTS será o grande diferencial no mercado, pois o transportador encontra num mesmo local tudo o que ele precisa como já existe no Exterior.

As lojas são abertas em regime de franquia, modelo que na opinião do gerente de marketing do BBTS estabelece uma relação comercial melhor definida, com direitos e deveres de ambas as partes. “O resultado é mais positivo, porque é preciso seguir um modelo e nós queremos ter uma rede sólida e consistente, e a franquia assegura essa eficiência”, explica. Entre os investidores na rede BBTS constam antigos parceiros da Bandag e a perspectiva é que haja interesse de outras pessoas que já atuavam no mercado de serviços para caminhões na parte do chassi para baixo.

Perguntado se há alguma semelhança entre os BBTs e os conhecidos “trucks centers”, Drygalla diz que a empresa prefere chamar Centro de Serviços, pois tem outro direcionamento, aliás, admite que a expectativa é que 100% dos trucks centers se transformem em BBTS.

A recomendação da Bridgestone Bandag é que os BTSs tenham espaço com a possibilidade de lazer para o motorista, dentro do que é mais interessante e solicitado pelos profissionais de cada região. Já o pátio tem de contar com área mínima para os veículos, com pátio e boxes de serviço. Drygalla finaliza dizendo que a ideia é atraente porque se trata de um negócio rentável, que traz retorno do investimento em cerca de dois anos.