O aumento vertiginoso da frota veicular no País tem causado muitos transtornos no trânsito e contribuído, sobremaneira, para o aumento do número de acidentes. Somado a isso, a exploração massiva do transporte rodoviário envolve caminhões e automóveis numa malha rodoviária que não cresce na mesma proporção da frota. Nesse cenário, a árdua missão de redução de acidentes carece ainda mais da prudência, atenção e responsabilidade dos condutores.

Nos Estados mais desenvolvidos do País ainda é comum que grandes regiões metropolitanas agravem o cenário com longos trechos de perímetros urbanos onde várias alças de acesso e saídas exigem redução de velocidade, atenção na mudança de faixas e manobras, na distância de segurança dos demais veículos e cuidados redobrados com a presença dos motociclistas, ciclistas e pedestres. A lei 9.503/97 já prevê em seu artigo 29 §2º que os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores e, considerando um perímetro urbano de uma região metropolitana onde há um grande fluxo de veículos, essa responsabilidade torna-se ainda mais imperiosa.

O perímetro urbano tem a característica ímpar de misturar condutores oriundos de longos percursos com condutores de pequenos trajetos entre bairros e com comportamentos bem distintos ao volante. O caminhoneiro deve usar sua experiência para driblar essa mistura por vezes perigosa. Aquele que faz um curto deslocamento conhece, em sua maioria, cada detalhe do trajeto e procura tirar o atraso no acelerador e nas manobras mais bruscas além da atenção não estar completamente voltada para a condução do veículo.

Já antevendo tal cenário, e conhecendo a capacidade de seu veículo mais pesado o caminhoneiro, deve conduzir com uma margem segura para frenagem, mudança de faixa e prevendo uma possível falha tanto do seu caminhão quanto dos demais veículos a fim de que haja espaço e tempo hábil para correções na condução sem que ocorra um acidente.

É fundamental, então, uma atenção redobrada com os veículos à volta, a diminuição da velocidade, a manutenção de distância segura dos demais veículos, a permanência nas faixas da direita, a mudança de faixa sinalizada e antecipada e uma conduta preventiva ao volante. Todos esses cuidados são condutas simples no trânsito, mas que surtem grandes efeitos positivos, tanto a curto quanto a longo prazo, na prevenção e redução dos acidentes e na multiplicação de ações positivas. Finalmente, a denúncia é  outra ferramenta valiosa na busca por um trânsito seguro. A Polícia Rodoviária Federal atua preventivamente, através de patrulhamento e fiscalização, mas também repressivamente através de aplicações de multas aos infratores da lei.

O caminhoneiro tem, portanto, o telefone 191 para denunciar condutas irresponsáveis e contribuir na redução e prevenção dos acidentes, os quais, uma grande parcela, ocorre nas rodovias de grande fluxo das regiões metropolitanas.

As informações são da  6ª Superintendência Regional/SP – Núcleo de Comunicação Social