A alta do diesel está entre os assuntos mais comentados principalmente entre os que participam da cadeia do transporte rodoviário de cargas. Mas, como chegar a um consenso e reduzir o preço do diesel?

Caminhoneiros acreditam que a falta de previsibilidade é um dos fatores que mais prejudica o faturamento de quem vive do caminhão. Somente entre janeiro e março o diesel sofreu três reajustes, totalizando um aumento de 27,72%.

Entidades ligadas ao setor estão atentos a essa prática que vem afetando toda a cadeia.

Para Marlon Maues, assessor executivo da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) o  impacto no transporte rodoviário de carga é direto uma vez que o diesel é o insumo básico da operação, acarretando um aumento direto no valor do frete e por consequência, no custo Brasil.

“O caminhoneiro autônomo também sofre o impacto diretamente pois muitas vezes não realiza os cálculos corretos do custo do seu frete e acaba comprometendo seus ganhos por não repassar os aumentos aos seus clientes”, explicou.

Recentemente o Governo Federal acenou para a possibilidade de retirar por alguns meses os impostos que incidem sobre o combustível. Porém, a medida pode prejudica a arrecadação de fundos e deixar descobertas outras áreas.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) apresentou ao Governo Federal uma sugestão para reduzir, de imediato, o preço do diesel. A CNT propõe que seja diminuído o nível de biodiesel no insumo, medida que já foi utilizada em outras ocasiões. Atualmente, a mistura de biodiesel no diesel no Brasil é de 12%.

Em relação aos possíveis impactos ambientais, a CNT explica que não vai acontecer pois o Brasil  já utiliza no diesel percentual de biodiesel superior ao utilizado nos Estados Unidos e Europa.