Embora sua importância não seja ainda amplamente conhecida e respeitada, o motorista de caminhão tem três datas no ano em comemoração à profissão. A primeira delas é o Dia do Caminhoneiro, instituída em 30 de junho de 1986 pelo governador do Estado de São Paulo à época, Franco Montoro. Trata-se, portanto, de uma celebração regional.

Outra data de homenagem aos profissionais do volante é dia 25 de julho, sendo esta a mais festiva, sobretudo porque é o Dia de São Cristóvão, o santo padroeiro dos motoristas. Por conta da fé religiosa da grande maioria dos motoristas de caminhão, 25 de julho é comemorado com eventos e manifestações religiosas e voltadas à categoria em várias partes do País.

A terceira data que também lembra o motorista de caminhão é 16 de setembro, comemorada como o Dia Nacional do Caminhoneiro. Esta homenagem foi instituída pela Lei 11.927, de 17 de abril de 2009, decretada e sancionada pelo vice-presidente da república, no exercício do cargo de presidente da república, José de Alencar Gomes da Silva.

Apesar da existência de três datas para homenagear quem na realidade é um dos mais importantes trabalhadores da cadeia do transporte, a situação do motorista de caminhão, principalmente a do autônomo, é de discriminação e falta de reconhecimento profissional por parte da sociedade.

Esse sentimento foi constatado por pesquisa em rodovias realizada no início deste ano pela SK Cia da Informação junto a motoristas de caminhão. O trabalho apontou que 84% entrevistados acham que a profissão não é respeitada.

Na visão apresentada pelos motoristas, a sociedade tem a percepção que de que os motoristas são drogados, mentirosos e aproveitadores, e em situações de acidentes com caminhões envolvidos, a culpa é automaticamente atribuída ao caminhoneiro.

Além disso, a categoria afirma conviver com falta de apoio e locais seguros para as paradas nas estradas e a condição de conservação da maioria das estradas é péssima. A preocupação é constante com assaltos ou hostilidades de policiais, além da falta de fiscalização de outros condutores de veículos, que não seguem as regras e leis de trânsito.