Caminhoneiro autônomo ou empregado? Qual é a melhor opção? A resposta está diretamente ligada as vantagens e desvantagens de cada opção.

Antigamente, ser autônomo era o sonho da maioria dos motoristas que estavam começando na profissão. A sensação de liberdade, de poder decidir a rota, locais de parada e horários eram os principais atrativos para se ter o próprio caminhão. Além disso, o autônomo pode prestar serviços para uma ou mais empresas e aumentar o seu faturamento.

Porém, as diversas mudanças ocorridas no setor de transporte através dos anos, levou muitos autônomos a pensarem e até trocarem a suposta liberdade por um emprego com carteira assinada. Quem trabalha registrado conta com salário fixo todo mês, direitos como 13º salário, férias anuais e plano de saúde, entre outros benefícios. Porém, a jornada de trabalho é determinada pela empresa, o que muitas vezes pode significar cargas horárias puxadas.

Assim antes de decidir se você vai atuar como autônomo ou empregado é importante analisar todos os pontos

Vamos as vantagens e desvantagens de ser caminhoneiro autônomo ou empregado

4. Empregado

Vantagens: 

1- Carteira Assinada

2- Direitos trabalhistas como: 13º salário, férias anuais, entre outros direitos trabalhistas.

3- Salário fixo

4- Jornada de trabalho estabelecida: evitando dirigir horas excedentes

5- Mais segurança

Desvantagens:

1-  Cumprir jornadas fixas de viagem

2- Falta de liberdade para decidir a rota

3- Sem flexibilidade nos horários

4- Impossibilidade de negociar o próprio frete

5- Ganhos mais baixos

3. Autônomo

Vantagens

1- Possibilidade de negociar o frete

2- Prestação de serviços para uma ou mais empresas

3- Determinar a rota mais adequada para cada viagem

4- Horário flexível

  1. Ser dono do seu próprio negócio

Desvantagens

1- Assumir custos como manutenção, diesel

2- Sem nenhum direito trabalhista

3- Preocupação com as obrigações fiscais

4- Insegurança

5- Responsáveis por imprevistos na estrada

Nas próximas matérias você vai saber como se organizar para ter o seu próprio negócio e entender como é a rotina dos caminhoneiros empregados

Você sabe como se tornar um autônomo?

Para atuar legalmente como caminhoneiro autônomo, e sem vínculo empregatício, o carreteiro deve fazer alguns investimentos, atender algumas obrigações fiscais e assumir alguns custos. Mas , afinal, quanto custa ser caminhoneiro autônomo? Analisar todas as obrigações que envolve ser um autônomo é o primeiro passo para ter sucesso na profissão.

2. INVESTIMENTO 

Toda profissão começa com investimento. E, no caso do caminhoneiro autônomo não é diferente. A primeira coisa é tirar a habilitação categoria D ou E (dependendo do tipo de transporte a ser realizado). Em seguida é preciso pesquisar se o segmento de atuação exige algum tipo de curso. Como por exemplo, transporte de produtos perigosos, que exige do caminhoneiro o curso MOPP – Movimentação Operacional de Produtos Perigosos.

Confira alguns cursos do Sest Senat

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1. OBRIGAÇÕES FISCAIS CAMINHONEIRO AUTÔNOMO

Quando o caminhoneiro opta pelo regime CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) boa parte dos custos operacionais ficam por conta da empresa e já são descontados diretamente no holerite. Obrigações como INSS e FGTS, férias, 13º salário e outros benefícios garantidos pela CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) são recolhidos pelo seu empregador.

O interessado deve procurar a prefeitura da cidade em que atua para se informar sobre o ISS (Imposto Sobre Serviços) – também conhecido como ISSQN. Em alguns municípios o motorista autônomo está isento do pagamento de ISS, ficando o recolhimento desta taxa no ato do pagamento do frete sob responsabilidade da empresa que o contratou.

O pagamento deste imposto deve ser feito em casos de prestação de serviço de estritamente municipal. E o valor será cobrado conforme o preço total do serviço.

Outra preocupação que o motorista deve ter é alterar sua situação cadastral no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), pois sendo autônomo ele passa a se reportar à Previdência Social como Contribuinte Individual.

Outro importante tributo é o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte). Todos os pagamentos efetuados ao mesmo profissional no mês devem ser somados para verificação do limite da tabela do Imposto de Renda.

Portanto, quando o carreteiro passa a ser o seu próprio patrão, a coisa muda, pois além de organizar seu orçamento, para conseguir honrar todos os compromissos, tem de ficar atento para manter em dia o pagamento das taxas.

Veja mais sobre as obrigações para quem decide ter o seu próprio negócio